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Sindicato realiza mobilizações simultâneas na Marcopolo, Randon e Fras-le

03 de julho de 2024


Na manhã desta quarta-feira, dia 03 de julho, o Sindicato realizou mobilizações simultâneas para a entrega de material da Campanha Salarial 2024 aos trabalhadores e trabalhadoras da Marcopolo, Randon e Fras-le.


“Sem auxílio creche para a criança e sem redução no vale transporte, não tem acordo.”


No sábado, dia 29 de junho, a categoria rejeitou por unanimidade proposta de 3,5% de reajuste. Acordo deste ano está atrelado a aprovação de auxílio creche para a criança e redução no vale transporte cobrado dos trabalhadores

O dissídio desse ano tem um significado muito importante. É necessário reduzir o valor do transporte para o trabalhador e para a trabalhadora e deve ser implementado o auxílio creche para a criança. “Sem a aprovação destas duas cláusulas, não tem acordo,” afirma o presidente Assis Melo. Na Campanha Salarial do ano passado, finalizada após mediação do 4º TRT em Porto Alegre, ficou acertado entre o Sindicato dos Trabalhadores e o SIMECS, que estes dois itens entrariam na negociação de 2024.


Auxílio creche para a criança


Ter o direito a creche negado: essa é a realidade de muitas crianças filhos de casais onde apenas o pai é metalúrgico. Poder deixar a criança aos cuidados de um ambiente propício, auxilia no desenvolvimento infantil e dá segurança aos pais para poder trabalhar sem preocupações. E isso deve ser um direito da criança, não apenas da mãe que trabalha em uma empresa metalúrgica.

Quando esse direito é garantido para a criança, o trabalhador ou a trabalhadora pode contar com um local confiável para deixar seus filhos, os pais podem se dedicar às suas atividades profissionais com tranquilidade, sabendo que eles estão bem cuidados e em um ambiente estimulante.

Redução no valor do vale-transporte


O vale-transporte é um benefício que permite aos trabalhadores e trabalhadoras ter condições de ir e voltar de seu local de trabalho. É uma obrigação legal que leva o empregador a antecipar a cada funcionário o valor necessário para o seu deslocamento a cada mês.


Porém é descontado 3,5% do salário do trabalhador, ou seja, o trabalhador paga para ir e voltar de seu local de trabalho. O impacto do desconto do vale transporte no orçamento já apertado de quem trabalha é muito alto. O trabalhador não tem condições de pagar esse percentual. Está pagando para se deslocar até a empresa e voltar para casa Esse valor precisa urgentemente ser reduzido.



Metalúrgicos rejeitaram por unanimidade proposta de 3,5% do sindicato patronal


Na manhã de sábado, dia 29 de junho, aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e região, a assembleia geral de dissídio. Na ordem do dia, a discussão e deliberação sobre a campanha salarial 2024/25 e sobre a proposta apresentada pelos sindicatos econômicos para a data base de primeiro de junho.

Por unanimidade, os trabalhadores e trabalhadoras presentes que lotaram o auditório do sindicato, rejeitaram a proposta de 3,5% de reajuste apresentada pelo SIMECS


“Não vamos mudar a situação sem lutar. Essa forma de negociação com o patronal se esgotou porque não leva em conta o esforço dos trabalhadores e das trabalhadoras dentro da fábrica,” disse o presidente Assis Melo no início da assembleia.


O presidente também destacou que as empresas tem condições de oferecer uma proposta melhor e não fazem porque não querem. “As empresas são deles, os meios de produção são deles. Mas a inteligência e a força de trabalho são nossas. E essa inteligência e força de trabalho não pode ser o item mais barato nesse círculo da produção,” finalizou Assis, antes da categoria rejeitar por unanimidade a proposta.


A pauta da Campanha Salarial deste ano foi entregue para o sindicato patronal ainda em abril. Em outras cláusulas, como redução no valor do vale transporte cobrado dos trabalhadores e auxílio creche para a criança, também não ocorreram avanços.

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