Metalúrgicas de Caxias e Região estão na Marcha das Margaridas 2023
17 de agosto de 2023
Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver
Trabalhadoras rurais do campo e da floresta realizam, nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, a sétima edição da Marcha das Margaridas. A mobilização deste ano tem o lema “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver.” A marcha é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), com o apoio de outras entidades sindicais como a CTB, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Participam camponesas, quilombolas, indígenas, cirandeiras, quebradeiras de coco, pescadoras, marisqueiras, ribeirinhas, trabalhadoras da indústria e extrativistas de todo o Brasil.
Celina Alves Arêas, secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB, destaca que desde a criação da entidade, a Central participa da organização da marcha. “O sentimento de fazer parte da marcha é de construção coletiva, de mulheres do campo e da cidade com união. Desta vez nosso lema será aceito. Bem viver, que significa ter uma vida com dignidade.”
Celina explica que em 2019 aconteceu a marcha mas não teve pauta de reividicações, pois não adiantaria entregar ao presidente da época. Já este ano, o presidente Lula vai estar presente no final da marcha e vai responder quais reinvindicações vai atender. A primeira marcha foi no ano de 2000 em homenagem a Margarida Alves, trabalhadora rural, assassinada por latifundiários em 12 de agosto de 1918. A cada 4 anos a marcha é realizada.
Quando as Margaridas apontam o Bem Viver como o sentido do Brasil que elas querem reconstruir, elas estão reafirmando uma série de ideias e propostas. Entre elas estão e a possibilidade de estabelecer uma relação de não-exploração com a natureza; usufruir do direito de viver em suas terras e territórios.
A pauta de reivindicações é composta por 13 eixos:
Democracia participativa e soberania popular
Poder e participação política das mulheres
Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo
Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade
Proteção da natureza com justiça ambiental e climática
Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética
Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios (territórios costeiros, influenciados pela maré)
Direito de acesso e uso social da biodiversidade e defesa dos bens comuns
Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional
Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda
Saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária
Educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo
Universalização do acesso à internet e inclusão digital
Representando o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul participam da Marcha das Margaridas Eremi Melo, diretora de Formação Sindical; Fermanda Medino, diretora do Departamento Feminino; Vera Padilha, Cenair Pinheiro e Aparecida Porto, diretoras de Base.