Cerca de 600 pessoas participam do Seminário de Saúde do Trabalhador

A edição de número 14 do Seminário bateu recorde de público. A atividade aconteceu no UCS Teatro nesta sexta-feira dia 26 de abril e debateu transtornos mentais relacionados ao trabalho

A primeira edição do Seminário Saúde do Trabalhador aconteceu em 2009. E, desde então já foram 13 edições. O tema da 14ª edição foi “Transtornos mentais relacionados ao trabalho – causas e consequências. O que fazer?”

Entre os palestrantes, nomes de peso da área da saúde e trabalhista.

RENE MENDES (Médico Sanitarista)

DANIELA FLOSS (Juíza do Trabalho do TRT 4)

LUCIANE TOSS (Advogada Trabalhista e Sindical)

EREMI MELO (Sindicalista, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos)

VANIUS JOÃO CORTE (Gerente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego)

RICARDO GARCIA (Procurador do Trabalho de 1993 a 2019)

MARCELO PORTO (Juiz Titular da 6ª. Vara do Trabalho de Caxias do Sul)

STELAMARIS ZANATTA (Psicóloga Clínica )

LUIZ SCIENZA (Auditor Fiscal do Trabalho)

NICIELI GRANELLA DE OLIVEIRA SGUISSARDI (Fonoaudióloga do CEREST/Serra) FABIANA OLIVEIRA NOBRE (Sanitarista da Vigilância Epidemiológica e de Saúde de Cotiporã)

ANDRÉIA BURILLE (Coordenadora da Vigilância em Saúde do Trabalhador de Gramado)

LEIA CRISTIANE LOEBLEIN FERNANDES MUNIZ (Mestre em Saúde Coletiva)

CARINE TAIS GUAGNINI BENEDET (Fisioterapeuta do Trabalho Ergonomista)

A realização do seminário foi do Sindicato dos Metalúrgicos, CEREST/Serra, AGETRA, centrais sindicais CUT e CTB e sindicatos parceiros.

28 de abril é Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

Visando alertar a sociedade para a importância da prevenção de acidentes no trabalho, a Organização Internacional do Trabalho adota, desde 2003, o dia 28 de Abril como o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, também lembrado como o Dia Internacional de Manifesto pela Vitimas de Acidentes de Trabalho e Doenças Profissionais.

O movimento começou no Canadá e espalhou-se por diversos países organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais, entre elas a Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres e o Conselho Sindical da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.

Segundo estimativas da Organização Internacional do Trabalho, ocorrem anualmente no mundo, cerca de 270 milhões de acidentes de trabalho, além de aproximadamente 160 milhões de casos de doenças ocupacionais. Essas ocorrências chegam a comprometer 4% do PIB mundial. Em um terço desses casos, cada acidente ou doença representa a perda de quatro dias de trabalho.

No Brasil, conforme dados da Previdência Social considerando somente os trabalhadores com vinculo empregatício pela CLT, são registradas 2800 mortes por ano, 388.000 acidentes graves com afastamento temporário e 15.000 casos de incapacidades permanente para o trabalho, com custo de 24 bilhões por ano.

O Sindicato dos Metalúrgicos e as demais entidades envolvidas nesse seminário estão buscando a compreensão do por quê do processo de adoecimento e sua relação com o trabalho. Dessa forma, poderemos encontrar alternativas para evitar doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Estimular essa reflexão é fundamental, principalmente, diante do aumento indiscriminado do número de trabalhadores que adoecem no local de trabalho, e ainda sofrem um processo de responsabilização pelo próprio adoecimento, que atinge os trabalhadores das mais diversas categorias. Por que quem produz está adoecendo? A principal causa são as péssimas condições de trabalho impostas pelo patronato, inclusive, várias doenças do trabalho estão virando epidemia. Mais produção, um ritmo intenso laboral, com menos trabalhadores, vai vitimando os trabalhadores. Produzir mais, em menos tempo, e com metas absurdas de produção é o caminho mais rápido para que trabalhadores sofram acidentes, fiquem sequelados, doentes e até mesmo morram.

Que este dia visa sirva de alerta à sociedade para a importância da prevenção de acidentes no trabalho.