3ª Cavalgada dos Metalúrgicos e Metalúrgicas celebra o tradicionalismo

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realizou no domingo, dia 10 de setembro, a 3ª Cavalgada dos Metalúrgicos e das Metalúrgicas. A concentração teve início às 8 horas da manhã no estacionamento da Vila Poliesportiva da Universidade de Caxias do Sul. Perto das 9h os cavaleiros saíram em direção ao Clube do Trabalhador, a sede campestre da entidade, localizada no Travessão Cavur, divisa com Flores da Cunha. Ao meio-dia, a cavalgada chegou ao destino e foi recepcionada pelo presidente Assis Melo que recebeu a Chama Crioula. Um total de 180 participantes, entre cavaleiros e grupos de apoio, prestigiaram a Cavalgada.

A Cavalgada tem o objetivo de manter viva as tradições gaúchas e homenageou com o troféu Vilson Fontes três personalidades ligadas ao tradicionalismo: Ivone Ribeiro, Edson José Rosa e Darci Pattes de Abreu.

Ivone Ribeiro nasceu no município de Três Passos no dia 20 de julho de 1968. Filha de Francisco Louzardo Ribeiro e Clenir Ribeiro. Ivone está a 16 anos em Caxias do Sul. É casada com Carlos Rodrigues Branco.

Ela conta que o pai e o avô sempre gostaram das tradições gaúchas e desde pequena foi cultivando o amor pela vida no campo. Andava muito a cavalo quando era criança mas depois cresceu e isso se perdeu pelo caminho. Porém, depois que casou com Carlos, há 14 anos, essa paixão por andar a cavalo voltou e nunca mais foi embora. A primeira cavalgada foi rumo ao Santuário de Nossa Senhora de Caravaggio. Foi uma retomada das tradições na vida de Ivone que também aprecia rodeiso, danças gauchescas, churrasco e chimarrão.

Ivone mora em uma chácara na estrada velha para Flores da Cunha e é cozinheira de profissão. Tem três filhos: Robson Tiago, Maicon Willian e Victor Hugo. Sobre a homenagem com o troféu Vilson Fontes, e pelo fato de ser a primeira mulher homenageada, ela afirma que o sentimento é de felicidade. “ Fiquei muito feliz em receber a notícia. Eu e meu marido estamos sempre participando de cavalgadas. Quando por algum motivo não participamos, os amigos falam que cavalgar sem a gente não é a mesma coisa.”

Sobre a Cavalgada dos Metalúrgicos e Metalúrgicas, Ivone destaca que é uma atividade muito bonita e será a segunda vez que participa. “Convido a todos para participar, em especial às mulheres. Participem, vocês vão gostar muito.” Ivone finaliza dizendo que uma cavalgada é sempre uma bela oportunidade de fazer novas amizades.

Edson José Rosa nasceu no dia 29 de junho de 1968, dia de São Pedro, em Flores da Cunha. Estudou nas escolas São José e São Rafael. É casado com Daniela Gazzi e tem dois filhos: Liedson e Yasmin.

Começou a cultivar o amor pelo tradicionalismo e pela cavalgada com amigos na infância. O pai deste amigos era tropeiro. Eles ensinaram Edson a andar a cavalo quando ele tinha 10. Depois, ao logo de sua jornada, Edson montou uma agropecuária e vendia ração, ferraduras e outros itens ligados ao cavalo. Nos anos 1990 montou o Grupo de cavaleiros Tropilha Serrana. Depois montou o Cavaleiros do Infinito em 2010, que até hoje está na ativa. Ele organiza a Cavalgada Noturna, que acontece na última lua cheia do ano. Gosta de dança, rodeios, e é integrante do CTG Velho Tropeiro Serrano. Entre suas atividades favoritas ligadas ao tradicionalismo, Edson gosta de participar da Semana Farroupilha nos pavilhões da Festa da Uva e da Cavalgada do município de Flores da Cunha.

Para Edson, é do sangue participar de uma cavalgada. “Sempre encontro muitos amigos. Se paramos de cavalgar, paramos com a tradição gaúcha,” afirma com convicção. Um dos sonhos de Edson é que as crianças, as novas gerações, continuem com a tradição da cavalgada. “Tenho planos para um projeto para as crianças andarem a cavalo,” conta com orgulho.

Sobre ser homenageado com o Troféu Vilson Fontes, Edson diz que é uma grande honra. E faz um convite. “Convido o pessoal, todo mundo que gosta de cavalo, de laçar, participem. É um grande evento organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos.” Edson vai encontrar os cavaleiros no caminho pois irá pegar a chama crioula nos pavilhões da Festa da Uva e depois vai encontrar os demais participantes.

Sobre seus dois cavalos, o Barnabé e o Miúdo, dois manga larga mineiro, ele conta que trata como amigos, companheiros.

Darci Pattes de Abreu nasceu em Vacaria. Filho de Honorato Abreu e Jurema Pattes. Foi criado no Passo do Socorro e uma boa parte da infância na Capela da Area. Seu Darci tem mais cinco irmãos. Aos 20 anos Darci conhece sua linda e amada Nair de Jesus Abreu. Com ela se casou e teve sete filhos: Nelci, Nilceo, Nilcia, Alcides, Marcia, André e Anderson. Darci permanceu casado com Dona Nair por 54 anos. Hoje ela não está mais conosco, já faz um ano e três meses que ela partiu. Foram anos de uma vida lado a lado. Hoje, aos 76 anos de idade, Darci tem 19 netos e 8 bisnetos, 4 noras e 3 genros.

Seu Darci é apaixonado pela tradição gaúcha. Ama tanto a música gaúcha que aprendeu a tocar gaita e passou a ser um grande exemplo para alguns familiares que trazem de herança o dom da música.

Seu Darci ama estar reunido com a família e amigos. Gosta muito de rodeio e tem junto dele seu cavalo que chamamos de Tubiano. O Tubiano já faz 21 anos que está com o vô Darci.